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A epidemiologia da sífilis infecciosa na República de Irlanda
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Citation style for this article: . A epidemiologia da sífilis infecciosa na República de Irlanda. Euro Surveill. 2004;9(12):pii=495. https://doi.org/10.2807/esm.09.12.00495-pt
Abstract
Em resposta ao número crescente de casos de sífilis em homens que tem relações com outros homens (HRSH) em Dublín, foi constituido ao fim do ano 2000 um grupo de controle dos surtos (Outbreak Control Team, OCT). A epidemia atingiu o seu ponto máximo em 2001 e acabou no fim de 2003. Para colher os dados desde Janeiro de 2000 formou-se um sistema reforçado para a vigilancia da sífilis. Entre Janeiro 2000 e Dezembro 2003, foram declarados em Irlanda 547 casos de sífilis infecciosa (dos quais 415 eram HRSH). Durante os tres meses precedentes, 4% dos casos tinham sido infectados pelo VIH e 15,4% por ao menos uma infecção sexualmente transmissivel (IST) (excluindo o VIH). O número medio de relações declaradas pelos casos masculinos nos tres meses anteriores ao diagnóstico eram quatro (entre 0 e 8) para as relações heterosexuais e seis para as relações homosexuais (entre 1 e 90). Trinta e um por cento dos HRSH declararão ter tido relações sexuais orais sem protecção recentes e 15,9% relações anais sem protecção. Dezeseis porcento tinham tido relações sexuais no extrangeiro nos treis meses antes do diagnóstico. Os resultados sugerem que as práticas sexuais a risco contribuirem à transmissão da infecção em Dublín. A epidemia de Dublín pode ser considerada como parte de uma epidemia de sífilis europeia. As taxas de co-infecção pelo VIH e a sífilis na Irlanda são comparáveis às declaradas por outros centros. E necessario amelhorar os sistemas de vigilância para poder evaluar as intervenções em tempo real e monitorizar regularmente a tendência da infecção.
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