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Dois clusters de casos humanos de gripe A/H5N1 na República de Azerbaijão, fevereiro-março de 2006
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Citation style for this article: . Dois clusters de casos humanos de gripe A/H5N1 na República de Azerbaijão, fevereiro-março de 2006. Euro Surveill. 2006;11(5):pii=620. https://doi.org/10.2807/esm.11.05.00620-pt
Abstract
Depois da detecção do virus gripal A/H5 em aves domésticas e silvestres no Azerbaijão em fevereiro de 2006, dois clusters de casos possíveis de gripe aviária humana devida a A/H5N1 foram detectados e declarados à oficina regional europeia da OMS (Organização Mundial da Saúde) nas duas primeiras semanas de março. No 15 de março de 2006, a OMS formou uma equipa internacional, incluíndo expertos em controle de infecções, gestão clínica, epidemiología, microbiología e communicação, para ajudar o ministerio da Saúde nas suas investigações e ações de resposta. Depois de uma vigilância activa, 22 pessoas – das quais seis faleceram - foram investigadas para a gripe aviária em seis distritos. A investigação mostrou oito casos de infecção pelo virus A/H5N1 confirmados pelo Centro colaborador da OMS da gripe, e um caso provável para o qual não se disponha de nenhuma amostra. Os tais casos provinham de dois clusters não relacionados identificados nos distritos de Salyan (sete casos confirmados, dos quais quatro faleceram), e de Tartere (um caso confirmado e um provável, ambos mortais). O contacto estreito e o facto de desplumar cisnesinfectados foram considerados como a fonte mais provável de exposição ao virus A/H5N1 para o cluster de Salyan, apesar das dificuldades para recolher as informações durante a investigação, porque as actividades associadas à exposição são ilegais (caça e venda de animais silvestres e de produtos derivados). Estes casos são o primeiro surto mundial no qual as aves silvestres são a fonte mais provável de infecções humanas pelo virus A/H5N1. As actividades de controle foram reforçadas por meio de um laboratorio de campo aonde era possível detectar o virus A/H5 em tempo real por RT/PCR. A vigilância diaria na população que se tem iniciado nos dois distritos afectados torna pouco provável que apareçem novos casos humanos de gripe aviária que não fossem detectados.
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