-
Políticas de vacinação contra as infecções por pneumococos na Europa
-
View Affiliations Hide AffiliationsCorrespondence:
-
View Citation Hide Citation
Citation style for this article: . Políticas de vacinação contra as infecções por pneumococos na Europa. Euro Surveill. 2005;10(9):pii=564. https://doi.org/10.2807/esm.10.09.00564-pt
Abstract
A infecção por Streptococcus pneumoniae (Pneumococcus) é uma causa importante de manifestações clínicas invasivas como meningitis, septicemia e pneumonia, especialmente em crianças e pessoas de idade. Durante muitos anos, uma vacina polisacárida 23-valente (PPV) foi disponível e desde 2001 uma vacina conjugada heptavalente (PCV) foi autorizada na Europa. Com o objectivo de conhecer a política de vacinação pneumocócica na Europa, um questionario foi distribuido aos 15 Estados membros da União Europeia (UE), Suiça, Noruega e aos dez países candidatos, como parte de um projecto financiado pela UE sobre a doença pneumocócica (Pnc-EURO). Vinte e tres dos 27 países, parte da actual UE (mais a Noruega e a Suiça) completaram o questionário. A vacina PPV era comercializada em 22 dos 23 países que responderam e estava nas recomendações oficiais em 21. Em 20 dos 21 países para os quais se dispunha da informação a vacinação estava orientada em direcção dos grupos de maior risco de infecção. O número de grupos de risco monitorizados oscilava entre 1 e 12. Ao menos 17 países recomendam que a PPV seja administrada a todos os maiores de 65 anos (e em tres países aos maiores de 60 anos). Treze países elaboraram recomendações nacionais para a vacinação com PCV em 2003. Ningum país nesse momento recomenda a vacinação infantil massiva, mas preferiam os grupos e específicos de risco (entre um e onze), particularmente as crianças com asplenia (n=13) e infecção por VIH (n=12). O uso da PCV foi restringido a crianças de menos de dois anos em sete países e de menos de cinco anos em quatro países. As decisões futuras sobre o uso das vacinas pneumocócicas na Europa serão tomadas com base a varios factores incluindo : carga local da doença ; impacto previsto de qualquer programa universal, especialmente a importância da sustituição do serotipo e a imunidade de grupo ; a eficácia de calendarios vacinais de doses reduzidas, e o custo da vacina. Até hoje, ao menos um país, Luxemburgo, tem implementado uma política de vacinação infantile universal com PCV.
Full text loading...